Novo estudo explora a reutilização da contracepção de emergência como alternativa ao aborto.

Um novo estudo sugere que um remédio usado para evitar gravidez após relação sexual sem proteção pode ser usado em doses maiores para interromper a gravidez. Essa descoberta pode oferecer uma alternativa ao mifepristona, um dos remédios usados no tipo mais comum de aborto nos Estados Unidos.

O mifepristona tem sido alvo de opositores do aborto, com alguns estados tentando restringir seu uso. Atualmente usado em dois terços dos abortos nos EUA, o mifepristona bloqueia um hormônio necessário para a gravidez.

No estudo, 133 mulheres com até nove semanas de gravidez tomaram uma dose maior de ulipristal acetato, o ingrediente ativo do Ella, um remédio para evitar gravidez. Vinte e quatro horas depois, elas tomaram misoprostol, que causa contrações e sangramento.

Para 97% das mulheres, a combinação de medicamentos foi eficaz em interromper a gravidez, uma taxa semelhante à combinação de mifepristona e misoprostol. Quatro mulheres precisaram de um procedimento adicional para completar o aborto.

Os resultados do estudo podem tornar a contracepção de emergência um alvo de opositores do aborto. Mais pesquisas são necessárias sobre o uso do ulipristal como medicamento para interromper a gravidez antes que os médicos o receitem rotineiramente para esse fim.