Suíça toma medidas para proibir símbolos nazistas e racistas devido ao aumento do extremismo.

A câmara baixa do parlamento suíço aprovou uma medida que proíbe o uso, exibição ou o porte público de símbolos nazistas e racistas que possam incitar ao ódio ou à violência extremista. A proposta, que levou anos para ser elaborada, visa proibir não apenas as memórias nazistas, mas também outros símbolos extremistas.

A medida recebeu apoio da maioria dos grupos políticos, superando a oposição do partido de direita Partido Popular Suíço, que possui o maior número de assentos em ambas as câmaras. Com isso, a Suíça se alinha a outros países europeus que possuem leis semelhantes.

A necessidade de uma legislação mais rigorosa se intensificou devido ao aumento de ataques antissemitas na Europa e em outros lugares, principalmente após o início da guerra entre Israel e Hamas em Gaza. O conflito começou após ataques do Hamas e da Jihad Islâmica contra o sul de Israel, resultando em um significativo número de mortos e devastação em Gaza.

Até a votação, era permitido na Suíça exibir símbolos nazistas e fazer a saudação de Hitler em público, contanto que não fosse demonstrado simpatia pela ideologia nazista. Segundo o deputado do Partido Verde, Raphael Mahaim, essa situação era intolerável.

Barbara Steinemann, do Partido Popular Suíço, argumentou que a nova lei fará pouco para proteger os judeus num clima antissemita e que símbolos não são o problema central. A medida agora seguirá para o Conselho Federal executivo para a elaboração do texto final que será transformado em lei pelo parlamento.