Visa e Mastercard chegam a acordo com comerciantes dos EUA sobre taxas de deslize.

Visa e Mastercard anunciaram um grande acordo com comerciantes dos EUA, o que pode acabar com quase duas décadas de litígio sobre as taxas cobradas toda vez que um cartão de crédito ou débito é usado em uma loja ou restaurante. O acordo propõe reduzir e limitar as taxas cobradas por Visa e Mastercard, permitindo que pequenas empresas negociem coletivamente as taxas com as processadoras de pagamento de maneira semelhante à que grandes comerciantes fazem atualmente.

Grupos da indústria para varejistas pequenos e grandes consideraram o acordo um desenvolvimento positivo, mas afirmaram que muito mais precisa ser feito para remediar a situação atual das taxas de intercâmbio. Eles observaram que a redução das taxas seria apenas por um período limitado de três a cinco anos, após o qual as taxas retornariam aos seus níveis atuais.

Jeff Brabant, vice-presidente de relações governamentais federais da National Federation of Independent Business, disse que, enquanto as redes de cartões de crédito, Visa e Mastercard, puderem definir as taxas de intercâmbio para cada banco que emite um cartão de crédito, o preço anti-competitivo permanecerá. Ele afirmou que o acordo não resolve as práticas de definição de taxas anti-competitivas que são o cerne do problema, e pequenas empresas continuarão a pagar taxas artificialmente altas.

As taxas de intercâmbio são pagas a Visa, Mastercard e outras companhias de cartão de crédito em troca de possibilitar transações. Os comerciantes acabam repassando essas taxas para os consumidores que usam cartões de crédito ou débito.

Segundo o acordo anunciado, Visa e Mastercard limitarão as taxas de intercâmbio de crédito até 2030, e as companhias devem negociar as taxas com grupos de compra de comerciantes. A firma de advocacia que anunciou o acordo estimou as economias em taxas de intercâmbio em quase 30 bilhões de dólares.