Paquistão denuncia sanções dos EUA ao programa de mísseis balísticos como ameaça à estabilidade regional.

O Paquistão criticou as novas sanções dos EUA sobre seu programa de mísseis. O país considera as sanções \"discriminatórias\" e diz que elas colocam em risco a paz na região. O Ministério das Relações Exteriores do Paquistão emitiu um comunicado expressando preocupação com as sanções.

O Paquistão questiona as acusações dos EUA de que empresas paquistanesas estariam envolvidas na proliferação de armas. Segundo o Paquistão, sanções anteriores foram baseadas em \"dúvidas e suspeitas\" sem provas. O país também acusa os EUA de \"dois pesos e duas medidas\" por abrir exceções para outros países em relação a tecnologias militares.

As sanções congelam bens de empresas paquistanesas nos EUA e proíbem americanos de fazer negócios com elas. O Departamento de Estado dos EUA alega que uma das empresas sancionadas, a National Development Complex, trabalhou para desenvolver mísseis balísticos de longo alcance do Paquistão. Outras empresas também foram sancionadas pelos EUA.

O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, afirmou que o país tem \"sido claro e consistente sobre suas preocupações\" com a proliferação de armas. Ele disse que os EUA \"continuarão a se envolver de forma construtiva com o Paquistão sobre essas questões. As sanções também foram criticadas pelo partido do ex-primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan.

Analistas afirmam que o programa nuclear e de mísseis do Paquistão visa principalmente conter ameaças da vizinha Índia. Paquistão e Índia têm um longo histórico de conflitos, incluindo três guerras desde a independência da Grã-Bretanha em 1947. A região da Caxemira é um dos principais pontos de tensão entre os dois países.