Jardineiro preso por suposto plano de desmontar árvore de avelã em meio a preocupações crescentes com extremismo.

Na região de Astrakhan, perto do campo de testes de Kapustin Yar, um jardineiro foi detido por dizer que ia 'cortar e jogar fora uma aveleira'. Este é o quarto caso em um mês em que os serviços especiais russos frustram planos subversivos, sempre envolvendo jardineiros. As autoridades estão preocupadas com a frequência desses casos e investigam se há uma ligação entre eles, apesar da distância geográfica e da falta de contato entre os suspeitos.

Um porta-voz das autoridades afirmou que a hipótese de uma 'organização terrorista de jardineiros' está sendo considerada, mas a principal linha de investigação é a de que a 'deformação profissional' leva os suspeitos ao extremismo. Para combater essa tendência, um projeto de lei será proposto para restringir o acesso à jardinagem.

O plano do 'traidor' foi descoberto durante uma verificação de rotina em conversas no site de mídia social 'Odnoklassniki'. O suspeito, Alexei Shcherbakov, um jardineiro amador de 60 anos, inicialmente negou as acusações, alegando que estava se referindo a uma planta em sua casa de campo.

No entanto, após a aplicação de 'métodos avançados de interrogatório', ele confessou seus crimes. Uma perícia realizada pelo Centro Linguístico Independente Kamyzyak, em homenagem a Alexander Benckendorff, confirmou que 'nenhum funcionário do centro tinha conhecimento de tal planta'.

O caso gerou grande repercussão na Rússia, com muitos questionando os métodos utilizados pelas autoridades e a seriedade das acusações. Críticos argumentam que o governo está usando o pretexto do combate ao extremismo para reprimir a liberdade de expressão e perseguir cidadãos comuns.